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Ataque ao Supply Chain: Novo Foco do Cyberterrorismo

Ataque ao Supply Chain: Novo Foco do Cyberterrorismo

Danos aos cabos subaquáticos no Oceano Índico estão resultando em consideráveis interrupções nas redes de comunicação e internet, levando os provedores a redirecionar uma parcela significativa do fluxo de dados entre Ásia, Europa e Oriente Médio. Quatro importantes redes de comunicação tiveram seus cabos danificados, resultando em uma paralisação estimada em cerca de 25% do tráfego entre essas regiões. Preocupações sobre possíveis atos de sabotagem surgiram após um grupo associado a facções locais ter compartilhado em uma plataforma digital, em 24 de dezembro, um mapa detalhando a localização desses cabos subaquáticos. Na legenda, o grupo escreveu: "Há mapas dos cabos internacionais que conectam todas as partes do globo por meio do oceano. Parece que a área do Oceano Índico é estrategicamente posicionada, uma vez que as linhas de comunicação que conectam continentes inteiros — e não apenas nações — passam por ela".

Em uma postagem, os Houthis afirmam ter controle sobre os cabos que passam pela região, levantando a possibilidade de ser uma "mensagem velada à coalizão Ocidental", recentemente formada para garantir a livre circulação de navios comerciais na área. O ministro da Informação do governo iemenita, com base em Aden, Moammar al-Eryani, destacou ao The Guardian que o grupo representa uma séria ameaça a "uma das infraestruturas digitais mais importantes do mundo". Estima-se que o Mar Vermelho, uma importante rota marítima responsável por 12% do comércio global, também suporte 17% do tráfego mundial de Internet através de tubos de fibra. Os cabos submarinos, fundamentais para a infraestrutura da internet, são em grande parte financiados por empresas de tecnologia como Google, Microsoft, Amazon e Meta, e sua interrupção pode acarretar amplos problemas de conectividade e transmissão de dados.

Comentário: Os ataques à cadeia de suprimentos representam uma ameaça cada vez mais significativa no cenário de cibersegurança, exigindo uma abordagem proativa e colaborativa para mitigar seus impactos.

Rafael Ribeiro

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