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Engenharia Clinica e a ISO 17025 - Conheça os benefícios em utilizar a norma nos laboratórios

Engenharia Clínica

O mercado de tecnologia em saúde está em constante expansão. Com isso, a engenharia clínica se torna cada vez mais presente e necessária nas instituições de saúde.

Surgida na década de 1960, com foco na segurança de equipamentos por conta do grande número de mortes relacionadas à choques elétricos, essa área ganhou mais espaço ao longo dos anos. Do gerenciamento de riscos, passando pelo aumento da produtividade e diminuição dos custos, até a preocupação com a satisfação do paciente.

Mas as mudanças ocorridas no setor de saúde nas últimas décadas criaram um cenário ainda mais favorável. Os rápidos avanços no desenvolvimento de soluções e equipamentos médicos, tornou o acompanhamento dessa evolução por parte das equipes médica e de enfermagem bastante complexo.

Desse modo, a prática da medicina aliada à operação de máquinas e sistemas criou a necessidade de agregar mais um profissional à equipe de saúde: o engenheiro clínico.

Portanto, a engenharia clínica está no centro das operações de atendimento e gestão em saúde, tendo como pontos de contato:

  • vendedores de equipamentos e tecnologias;
  • enfermagem;
  • equipe médica;
  • administração do hospital;
  • agências reguladoras;
  • pacientes.

Essa centralização no trabalho do engenheiro clínico demonstra o grau de importância de sua função. Em face da necessidade de operações técnicas adequadas na saúde, é sobre esse desempenho e atuação que trataremos a seguir. Acompanhe!

Funções do engenheiro clínico no ambiente hospitalar

De acordo com as atribuições do engenheiro clínico, podemos destacar algumas funções desse profissional, especialmente em hospitais. Vejamos:

Manutenção corretivas e preventiva dos equipamentos

Dentro de um hospital, a manutenção preventiva é de extrema importância para a segurança dos pacientes e profissionais. Ela, inclusive, é primordial para uma gestão hospitalar eficiente.

Isso sem contar que, financeiramente, equipamentos parados por falta de manutenção significam prejuízos para a instituição. Assim, o engenheiro clínico atua como responsável pela prevenção de falhas, e também nas ações de correção, caso haja quebra de algum equipamento.

O trabalho desse profissional facilita as tomadas de decisão, pois é baseado em conhecimento técnico. Contudo, o desenvolvimento de políticas internas de manutenção também pode ser tarefa para o setor de engenharia clínica.

Além disso, é possível eliminar ou reduzir exponencialmente os riscos e falhas na operação de equipamentos hospitalares. Através da elaboração de cronogramas de manutenção, o engenheiro clínico contribui significativa e diretamente para o sucesso dos tratamentos.

Capacitação de funcionários

Capacitar e treinar os demais colaboradores para a utilização de ferramentas e equipamentos é uma das funções do engenheiro clínico dentro de um hospital. Afinal, ele é quem detém o conhecimento técnico necessário para instruir a equipe de saúde.

Auxílio na aquisição de equipamentos hospitalares

Dentro da gestão hospitalar, a presença da engenharia clínica pode facilitar bastante os processos de compra e aquisição de equipamentos.

A partir da compreensão das necessidades e demanda da instituição, a orientação de um técnico pode evitar desperdício de recursos. Essa é uma grande vantagem para hospitais, uma vez que o engenheiro clínico ajuda a planejar, orçar e gerenciar contratos e operações internas.

Implementação de novas tecnologias

A adoção de sistemas e novas tecnologias aplicadas ao setor de saúde está intimamente relacionada ao trabalho do engenheiro clínico.

A esse profissional, cabe estar atualizado sobre descobertas e atualizações que contribuam para o atendimento hospitalar. Desse modo, a engenharia clínica funciona como guia para a melhoria na qualidade dos processos.

Otimizando o atendimento da demanda com recursos tecnológicos, a instituição ganha em produtividade e reconhecimento.

Benefícios da implementação do setor de engenharia

Mesmo com os custos de implementação da engenharia clínica, existem muitos benefícios trazidos com o investimento. Alguns, como segurança, qualidade da assistência e melhora na imagem da instituição dificilmente podem ser medidos.

Porém, podemos resumir os benefícios trazidos pelo setor de engenharia do seguinte modo:

  • redução de gastos com manutenção;
  • diminuição do tempo de ociosidade dos equipamentos;
  • avaliação da conformidade dos orçamentos;
  • melhor controle das empresas prestadoras de serviço e consequente melhoria de qualidade;
  • equipe médica, enfermeiros e demais profissionais da saúde passam a executar suas funções principais com maior tempo hábil;
  • treinamento constante dos operadores;
  • otimização da compra de máquinas e equipamentos;
  • melhor elaboração e controle dos contratos de manutenção;
  • maior qualidade técnica dos equipamentos;
  • melhorias garantidas a partir da validação e auditoria dos indicadores.

Impactos na área financeira

Um dos principais entraves para a ampliação dos investimentos em tecnologia no setor de saúde é a preocupação com as finanças. Todavia, quando os recursos são bem utilizados, a saúde financeira da instituição é preservada.

Nesse sentido, a engenharia clínica permite que tais investimentos sejam controlados e melhor direcionados. Da mesma forma, é possível planejar os custos de manutenção, evitando gastos indesejados.

Afinal, para que haja excelência no atendimento hospitalar, não basta apenas possuir um ótimo quadro de médicos e outros especialista. É preciso controlar os ativos, maximizando os benefícios e entregando ao paciente um tratamento de ponta.

Principais regulações do setor

No Brasil, as atividades de engenharia são regulamentadas pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura – CONFEA. De acordo com a Resolução no 218/73, apesar de não constar no documento as atividades expressas do engenheiro clínico, algumas atividades valem para esse profissional, como:

  • Supervisão, coordenação e orientação técnica;
  • Estudo, planejamento, projeto e especificação;
  • Padronização, mensuração e controle de qualidade;
  • Condução de equipe de desinstalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
  • Operação e manutenção de equipamento e instalação.

Um órgão que atua na regulamentação das atividades relacionadas à engenharia clínica é a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Através da NBR ISO/IEC 17025 - Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração, é uma norma que especifica requisitos gerais para a competência, imparcialidade e operação consistente de laboratórios.

A seguir vamos entender um pouco mais sobre esta norma:

Primeiramente vamos esclarecer o que é a ISO 17025

A ABNT NBR ISO/IEC 17025 – Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração, é uma norma que especifica requisitos gerais para a competência, imparcialidade e operação consistente de laboratórios.

Esta norma está dividida em:

4 – Requisitos gerais;

5 – Requisitos de estrutura;

6 – Requisitos de recursos;

7 – Requisitos de processos;

8 – Requisitos do sistema de gestão.

É importante saber que esta norma é utilizada por laboratórios do mundo inteiro de qualquer área de atuação e independente do número de pessoas. A primeira versão da ISO 17025 foi publicada no Brasil pela ABNT em fevereiro/2001. Até então, desde 1993 utilizávamos no Brasil o ISO Guia 25.

Assim, o fato da ISO 17025 ser utilizada e reconhecida no mundo inteiro, faz com que os resultados emitidos pelos laboratórios acreditados no Brasil sejam aceitos por organismos de acreditação no mundo por meio do acordo de reconhecimento mútuo o qual o INMETRO faz parte. Para mais detalhes sobre este acordo acesse http://www.inmetro.gov.br/barreirastecnicas/recmutuo.asp

PARA QUE SERVE A ISO 17025?

É importante ressaltar que a ISO 17025 foi estruturada de forma que os laboratórios que trabalham de acordo com seus requisitos têm ferramentas para garantir a validade de seus resultados, pois seus requisitos abrangem todas as etapas necessárias para que um laboratório realize as atividades de forma segura.

Portanto para garantir isto, os requisitos da ISO 17025 foram estruturados para definição da do organograma do laboratório, condições ambientais necessárias, equipamentos adequados, pessoal competente e imparcial, definição clara de responsabilidades e autoridades, métodos adequados, manuseio e recebimento de amostras, rastreabilidade, ferramentas para avaliar a validade dos resultados emitidos, entre outros vários requisitos.

Outro fato a considerar é que esta norma é completa e específica para laboratórios, independente da área. Porém, percebo que uma das dificuldades encontradas pelos laboratórios é que a ISO 17025 define “o que é requerido no requisito”, porém não define “como atender ao requisito”. Isto ocorre, pois cada laboratório possui suas particularidades e formas de trabalhar, os quais devem definir seus procedimentos de acordo com sua realidade.

Cabe ressaltar que a partir do momento que os laboratórios utilizam a ISO 17025 no seu dia a dia, com foco na melhoria de suas atividades e processos, os benefícios são percebidos rapidamente. 

QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS EM UTILIZAR A ISO 17025 NOS LABORATÓRIOS?

Assim sendo, para os laboratórios perceberem rapidamente os benefícios em utilizar a ISO 17025, estes devem trabalhar de verdade com a norma.

Ou seja, a ISO 17025 deve fazer parte da rotina do laboratório. Não deve ser implementada para “auditor ver”, e sim funcionar nas rotinas das atividades dos laboratórios.

Além disto, os laboratórios devem ter consciência que o sistema de gestão é da empresa e não da pessoa que cuida da qualidade. Tudo deve funcionar em todos os setores e isto deve ser o foco da Alta Gerência.

Tendo isto em mente, aí sim, vamos aos benefícios da ISO 17025:

– Políticas, objetivos, metas e indicadores claramente definidos pela direção e difundidos entre os colaboradores;

– Responsabilidades e autoridades definidas e comunicadas aos colaboradores;

– Competência técnica do laboratório, que abrange não somente a competência do pessoal, mas também instalações, equipamentos, métodos, e outros processos envolvidos com a norma;

– Estruturação de processos;

– Confiabilidade dos resultados emitidos;

– Rastreabilidade de todas as etapas relacionadas aos resultados apresentados;

– Aumento do número de novos clientes e fidelização dos clientes antigos;

– Redução do índice de retrabalho e de “turn over”;

– Laboratório operando de forma consistente, entre vários outros benefícios!

CONSIGO IMPLANTAR A ISO 17025 EM 3 MESES?

De fato, vários laboratórios perguntam isto! Parece brincadeira, não é?!

Pois é, já recebi várias vezes esta pergunta, apenas variando o número de meses. Muitos laboratórios entram em contato comigo já com o prazo definido variando entre 3 a 6 meses. Isto ocorre quando estes laboratórios desconhecem a ISO 17025 e o que é um sistema de gestão. Então explico para eles:

– O que é um sistema de gestão, deixando claro que “não é somente escrever os procedimentos”;

– Necessidade do envolvimento de todos, e que as atividades do sistema de gestão devem fazer parte da rotina do laboratório;

– O que é a ISO 17025;

– Como os requisitos estão divididos;

– Sobre a necessidade de realizar um diagnóstico para definir um prazo aproximado considerando o nível de maturidade do laboratório, escopo dos serviços a serem acreditados, disponibilização de pessoal dedicado para implantação da norma, processos envolvidos, entre outros fatores.

Portanto deixo claro que nenhum sistema de gestão laboratorial consegue ser implantado em 3 meses!

Se você quer dicas de como definir seu escopo de acreditação inicial acesse

O MEU LABORATÓRIO É MUITO PEQUENO PARA IMPLANTAR ESTA NORMA?

Conforme descrito no escopo da ISO 17025: “Este documento é aplicável a todas as organizações que realizam atividades de laboratório, independentemente do número de pessoas”. Ou seja, a quantidade de pessoas no laboratório não influencia na implantação da norma.

Portanto todos os requisitos podem ser atendidos independentemente do número de pessoas no laboratório, pois como escrevi acima, o sistema de gestão é definido de acordo com a realidade de cada laboratório.

Quer saber mais, entre em contato conosco.

Fontes:

https://nexxto.com/engenharia-clinica-atribuicoes-e-responsabilidade-tecnica/

https://setton.com.br/o-que-e-iso-17025/

https://setton.com.br/dicas-para-definir-o-escopo-de-acreditacao-inicial/

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