O Mercado de Facility Management (ISO 41001) está em expansão mundialmente.
Cada vez mais empresas procuram se ater ao seu core business, em um processo constante de terceirização de serviços de suporte.
Ao mesmo tempo, a economia brasileira segue estagnada ou em recessão, com muitas empresas quebrando ou reduzindo sua estrutura, exigindo cortes e otimização de custos.
Em um cenário como esse, a competitividade aumenta, reduzindo margens. Algumas empresas entrando em concorrências somente para se manterem vivas. Quem sobreviver neste mercado, ou é grande e possui reservas de caixa consideráveis, ou possui uma grande eficiência operacional, garantindo resultados positivos mesmo com preços muito baixos.
Num momento econômico onde se vende o almoço para garantir a janta, a primeira coisa a ser sacrificada é a qualidade.
Muitas empresas não conseguem quantificar o custo da não qualidade, e ao menor sinal de crise esse processo perde investimento. Aos poucos a empresa vai deixando de lado a cultura, os controles e, sem perceber, deixa de entregar a qualidade que um dia teve. Os clientes começam a sair e a situação só piora.
Neste cenário, surge a nova norma ISO 41001, que é uma norma diferente: ela foca em melhorar a qualidade de vida das pessoas e a rentabilidade da empresa
A norma ISO 9001 é implantada para alcançar os requisitos da qualidade para o cliente.
As ISO 14001, OHSAS 18001/ISO 45001, ISSO 22001 são focadas no “Não”.
Não poluir, não ter acidentes e outras normas como a 27001 são focadas em aumentar controles para não ter problemas.
A ISO 41001 é a norma do sim: operar os serviços para dar conforto aos usuários, qualidade de vida e proteger o patrimônio com o melhor custo possível e garantir a sobrevivência de todas as partes interessadas.
Como a maioria das normas de gestão atuais, ela é derivada da ISO 9001. A mesma estrutura básica, uma parte dos requisitos iguais, em relação ao controle de documentos, registros, auditorias internas. Porém, possui três diferenças cruciais, que, apesar de parecerem simples, mudam completamente o resultado do sistema:
1. Atenção ao usuário final
Num setor onde existe terceirização, quarteirização, e às vezes até mais que isso, quantas vezes não perdemos o foco do resultado a ser alcançado, do verdadeiro beneficiário do serviço?
2. Custo/benefício
Um sistema ou controle não pode ser mais custoso do que o benefício gerado por ele. Toda decisão deve ser baseada no custo /benefício.
3. Planejamento
Foco no planejamento e acompanhamento. Seja orçamentário, operacional, tributário, tudo deve ser planejado e revisto. Pensar em diferentes cenários, com o mercado melhorando, piorando, clientes saindo e voltando. Quem planeja não se surpreende, seja qual for o resultado.
Para quem já possui alguma certificação, ela não é difícil de implantar
Os maiores desafios são relacionados à gestão de fornecedores de serviços de Facilities e controle de custos, que devem ser feitos de forma a garantir a sustentabilidade da empresa.
João Romero
Com muitos anos de experiência como consultor, atua na Solarplex, uma empresa pioneira na América Latina na certificação de Facilities com a ISO 41001 (A Norma do SIM).
Ama a profissão e é um grande entusiasta.
