20/05/2025 | Redator
Nos últimos anos, percebemos uma mudança importante na maneira como o setor público tem lidado com questões ambientais, sociais e de transparência. Como cientista social que atua com a implementação de práticas ESG (Ambiental, Social e de Governança), vejo cada vez mais órgãos públicos se interessando por essas questões que, até pouco tempo atrás, eram mais associadas ao setor privado.
Mas aplicar ESG no setor público não é apenas seguir uma tendência ou cumprir normas. É, acima de tudo, responder às necessidades reais da população: serviços melhores, respeito ao meio ambiente, justiça social e mais clareza nas decisões que afetam a vida de todos. As políticas públicas têm um grande impacto sobre as pessoas e os territórios, e por isso precisam ser planejadas com cuidado, responsabilidade e escuta ativa da sociedade.
ESG no comércio: vantagens para empresas que pensam no futuro
ESG no setor público: não é moda, é compromisso
A sigla ESG representa três áreas centrais: Meio Ambiente (E), Social (S) e Governança (G). No setor público, aplicar esse conceito significa repensar como o Estado atua nos desafios coletivos de hoje. É uma forma de usar os recursos públicos, que pertencem a todos nós, com mais responsabilidade e ética.
Ao contrário das empresas privadas, onde o ESG pode gerar lucro ou melhorar a imagem, no serviço público os resultados aparecem de outra forma: mais qualidade no atendimento, menos desperdício de dinheiro, maior confiança da população nas instituições e um fortalecimento da democracia. Ou seja, fazer ESG no setor público é mostrar que o Estado pode ser um exemplo de responsabilidade com o bem comum.
ESG e Geração Y: A Busca por Propósito e Sustentabilidade no Mercado
Melhor ambiente de trabalho, melhor atendimento ao público
No lado social do ESG, o foco está nas pessoas: tanto quem trabalha nas instituições quanto quem usa os serviços públicos. Valorizar os servidores, garantir condições dignas, promover inclusão e igualdade de oportunidades não é só uma questão de justiça, é também uma estratégia para melhorar os serviços. Ambientes de trabalho saudáveis tendem a gerar mais motivação nas equipes e, consequentemente, um atendimento mais acolhedor e eficiente.
A parte de governança também é essencial. No setor público, isso significa ter controle interno eficiente, dar espaço para a participação popular, trabalhar com transparência, abrir dados e prestar contas. Combater a corrupção e tomar decisões com base em critérios claros é mais do que cumprir a lei, é responder à exigência da sociedade por instituições mais honestas e confiáveis.
Conexão com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Adotar o ESG também ajuda os governos a contribuírem com os compromissos globais da Agenda 2030 da ONU. Governos locais, estaduais e federais têm um papel decisivo na construção de uma sociedade mais justa, resiliente e sustentável. O ESG é, nesse sentido, uma ponte entre o que fazemos no dia a dia e os grandes objetivos para o futuro do planeta.
Agora é a hora de agir
Hoje, o ESG não é mais um “diferencial”, é uma necessidade estratégica. É uma forma concreta de recuperar a confiança da população nas instituições e de alinhar a gestão pública com os valores que as pessoas esperam de seus governantes.
E a sua organização, está preparada para dar esse passo?
Conte com nosso time para transformar ideias em ações. Juntos, podemos construir uma gestão pública mais justa, eficiente e voltada para o bem de todos.