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Quando até gigantes caem: O caso do vazamento da Insight Partners e como se blindar

02/10/2025 | Redator

Você provavelmente viu nas notícias: A gigante de venture capital Insight Partners notificou milhares de pessoas, colaboradores, ex-colaboradores e parceiros limitados, que seus dados pessoais foram furtados em um ataque de ransomware. 

O ataque, segundo os comunicados da empresa, começou com uma ação de engenharia social que atingiu o sistema de recursos humanos, resultando na exfiltração de dados, encriptação de sistemas e exposição de informações sensíveis.
Isso inclui dados bancários, fiscais, dados pessoais de empregados e parceiros de investimento, um pacote pesadíssimo de riscos. 

Para quem não trabalha com segurança da informação no dia a dia, pode parecer que “isso acontece só com grandes”, ou “era inevitável”. Mas não é bem assim, há aprendizado aqui, e principalmente ações possíveis para evitar que você, empresa de médio porte ou até startup, vire alvo vulnerável.

Vou contar o que esse caso revelar, e o que você pode (e deve) fazer para não repetir esse roteiro, com pitadas de como nós podemos ajudar nessa missão.

 

A empresa de capital de risco Insight Partners afirma que milhares de funcionários e sócios limitados tiveram dados pessoais roubados em um ataque de ransomware. Veja a matéria completa! 

 

O que o caso Insight Partners nos ensina

Antes de mais nada: empresas que investem em segurança, que têm esquemas de mitigação, controles e monitoramento, não ficam imunes. O que diferencia é quanto dano você permite.

Aqui vão alguns pontos de atenção cruciais:

O ponto de entrada foi engenharia social em RH

Não foi zero-day mirabolante, não foi falha de hardware raro, foi engenharia social. Um dos canais mais tradicionais de ataque: atacar o humano, não o sistema.
Se o atacante consegue convencer (com phishing, spear phishing, pretexto convincente) alguém a ceder uma credencial ou permitir acesso, o resto do castelo cai.

Isso reforça: você pode ter firewall, EDR, antivírus de última geração, mas se a porta humana está aberta, o risco atravessa suas defesas como faca quente na manteiga.

Firewall, antivírus e EDR: qual a melhor proteção para sua empresa. Saiba mais! 

 

Atraso na detecção / tempo de vida da intrusão

O ataque, conforme o comunicado, começou em Outubro de 2024, mas só foi detectado e parcialmente contido em meados de janeiro de 2025, meses depois.  Esse “tempo de permanência” (dwell time) é um dos maiores fatores que aumentam dano: quanto mais tempo o atacante fica dentro, mais ele explora, exfiltrar, planta backdoors e causa estragos.

Falta de segmentação / privilégio excessivo

Se os sistemas de RH tinham muito acesso a outros domínios ou não estavam isolados, isso facilitava o movimento lateral. Se muitos sistemas “conversam livremente” ou não há limite de privilégio efetivo, uma brecha em um módulo se espalha como incêndio.

Ausência de transparência técnica nos comunicados

É importante para a manutenção da confiança que empresas afetadas informem claramente quais dados foram expostos, que medidas estão adotando e como os afetados podem se proteger.
A Insight foi bastante contida em detalhes. Isso gera insegurança, rumor e desgaste de marca.

O efeito reputacional e jurídico

Além do dano direto (fraudes, vazamento de identidade, exposição de dados sensíveis), há repercussão legal (notificações, penalidades regulatórias, litígios) e perda de credibilidade perante sócios, clientes e investidores.

 

E se normas e boas práticas tivessem força real?

Aqui começa a parte boa: Correlacionar com normas/controles de segurança já estabelecidos. Imagine que a Insight tivesse aplicado) esses controles em níveis sólidos, o dano poderia ter sido menor ou detectado antes.

Vamos ver o que essas boas práticas normativas poderiam fazer:

Controle de Acesso / Privilégios mínimos

Normas como ISO/IEC 27001, NIST ou frameworks como CIS Control exigem restrição de privilégios (least privilege), segregação de funções, revisão periódica de privilégios.
Se o módulo de RH tivesse privilégios estritamente limitados e somente no escopo necessário, a escalada lateral dependeria de obstáculos adicionais.

Segmentação de rede / microsegmentação

Isolar sistemas críticos (RH, financeiro, banca de dados sensíveis) com VLANs dedicadas, firewalls internos, segmentação rígida.
Se o sistema de RH fosse “prisioneiro” de uma rede isolada, o atacante precisaria romper mais barreiras para avançar.

Monitoramento, detecção e resposta (SIEM / EDR / XDR)

Ter logs centralizados, alertas anômalos (ex: acessos de horário estranho, transferências fora de padrão, movimento lateral).
Se a Insight tivesse sistemas com correlação de logs (SIEM), detecção de anomalias e resposta automatizada, talvez o ataque fosse identificado cedo ou contido.
A norma exige auditorias e logs para ações críticas, não pode haver caixa-preta.

Testes (Red Team / PenTests / Simulações de phishing)

Se a empresa tivesse simulado ataques regulares (inclusive via engenharia social) para testar o ponto humano, talvez já houvesse conscientização ou fragilidade detectada.
Esses testes revelam onde o “elo humano” é frágil, permitem correção contínua.

Gestão de vulnerabilidades e atualizações constantes

Mesmo que o vetor principal tenha sido humano, vulnerabilidades de software, backdoors, versões desatualizadas ajudam o atacante escalar.
Normas exigem tratamento de vulnerabilidades, patching com prioridade e verificação de dependências.

Planos de resposta a incidentes e continuidade

Se já houvesse playbooks prontos (cenário de ransomware, vazamento de dados), equipes treinadas para agir rápido e com comunicação clara, o tempo de resposta poderia ter sido mais rápido e danos, mitigados.

Criptografia em repouso e em trânsito

Mesmo que os arquivos fossem infiltrados, se criptografados de modo forte, exigiriam esforço extra para decifrar.
Normas recomendam que dados sensíveis estejam criptografados com chaves gerenciadas e seguras.

 

Como podemos ajudar você a blindar esse cenário

Não estou aqui para assustar, mas para mostrar o caminho. E é justamente nesse caminho que a Solarplex atua, oferecendo serviços que podem impedir que sua empresa vire notícia de crise. Aqui vão alguns dos nossos principais serviços relevantes para prevenir casos como o da Insight:

Auditoria e diagnóstico de segurança

Fazemos um mapeamento completo dos seus ativos, vulnerabilidades existentes, fluxos de dados críticos, dependências e pontos fracos (inclusive nas áreas humanas).
Esse diagnóstico aponta exatamente onde estão os maiores riscos, sem suposições.

Resposta estruturada a incidentes

Quando uma ameaça aparece, o pior erro é agir de forma improvisada. É por isso que existem os planos de resposta a incidentes: roteiros previamente construídos para diferentes cenários, como ataques de ransomware, vazamentos de dados ou movimentações laterais de um invasor. Esses planos (ou playbooks) funcionam como um guia prático para cada etapa, ajudando as equipes a não perder tempo decidindo o que fazer no calor do momento.

Treinamento e simulação de crises

Não basta ter um manual pronto se ninguém sabe usá-lo. O treinamento contínuo prepara os times para executar as ações com segurança, transformando teoria em prática. Simulações de crise, que vão desde testes de invasão até exercícios de resposta a vazamentos, ajudam a criar um reflexo natural na equipe. Assim, no “dia D”, a reação não é improvisada, mas resultado de ensaios prévios e de uma preparação consistente.

Governança de segurança e compliance

Apoio para adoção de normas (ISO 27001, LGPD, etc.), estruturação de políticas de segurança da informação, planos de continuidade de negócio, auditoria periódica.
isso, segurança vira parte da cultura, não projeto pontual.



Cenários possíveis 

Vamos imaginar dois cenários contrastantes:

Cenário sem preparo: o invasor entra por engenharia social, acessa RH, se movimenta lateralmente, exfiltra dados, roda ransomware. Dwell time longo. Danos altos, reputação atingida, multa e desgaste institucional.

Cenário com proteção robusta (versão ideal):

  1. A tentativa de phishing é identificada/mapeada ou bloqueada por filtros ou campanha de conscientização.

  2. Mesmo se alguém clicou, o módulo de RH não tinha acesso direto às bases sensíveis, segmentação e privilégio mínimo protegem o interior.

  3. Logs avançados e monitoramento capturam movimentações estranhas cedo, alertando a equipe de segurança.

  4. A equipe de SOC atua, isola o segmento afetado, impede propagação.

  5. Mesmo se alguma exfiltração ocorrer, é criptografada e de baixa escala.

  6. Planos e playbooks entram em ação, comunicação é rápida, contenção eficaz.

  7. Impacto controlado, reputação preservada, confiança mantida.

Se esse tipo de postura estivesse em vigor antes do ataque, o estrago não seria zero, ataques acontecem, mas você transformaria um desastre total em um incidente contido, com consequências menores.

Dores reais que empresas comentam, e como responder

Enquanto leitor, você provavelmente reconhece alguma dessas queixas:

  • “Nossa empresa é pequena, não precisamos disso tudo.”

  • “Não temos orçamento para equipe de segurança full-time.”

  • “Isso tudo parece exagero; nunca sofremos ataque significativo.”

  • “Os fornecedores dizem que ‘segurança em nuvem já protege tudo’.”

  • “Não sei nem por onde começar.”

Minha resposta: Não precisa fazer tudo hoje. Mas precisa começar de algum ponto crítico.
Você pode começar pelo módulo mais sensível (RH, financeiro, dados de clientes), fazer uma auditoria, aplicar testes de phishing e ir escalando. Você pode contratar parte dos serviços (monitoramento, simulações, governança) com especialistas como a Solarplex, sem montar tudo internamente.

O importante é mudar mentalidade: segurança não é custo, é prevenção de perdas, que são sempre muito mais caras.

Conclusão: o que fazer AGORA

Mapeie seus sistemas críticos: RH, financeiro, dados sensíveis.

Faça uma auditoria de segurança (interno ou com consultoria) para identificar riscos relevantes.

Implemente proteção humana: campanhas de phishing, treinamentos contínuos.

Monitore ativamente: logs, alertas, monitoramento 24/7.

Estruture resposta a incidente: planos, simulações, playbooks ativos.

E conte com parceiros especialistas: Como a Solarplex, porque nesse jogo, experiência conta.

 

Veja também: 

O que aconteceu: O “cenário de pesadelo” no Entra ID

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Segurança da informação

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Alertas em tempo real

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