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Compliance, segurança e IA: O que mudou em 2025 e o que esperar do próximo ano.

16/12/2025 | Redator

2025 foi um ano divisor de águas para as empresas. Não apenas por causa do avanço acelerado da tecnologia, mas porque ficou impossível ignorar a relação direta entre compliance, segurança da informação e Inteligência Artificial. O que antes era tratado como áreas separadas passou a ser visto como um único ecossistema de riscos, decisões e responsabilidade corporativa.

A verdade é simples: as empresas amadureceram porque foram obrigadas a amadurecer. A pressão do mercado, o aumento de ataques cibernéticos, o uso intensivo de dados e a adoção cada vez maior de IA colocaram em evidência algo que muitos evitavam encarar, improviso não sustenta crescimento.

Com isso, 2025 expôs falhas, acelerou mudanças e deixou aprendizados claros para quem quer chegar em 2026 preparado.

 

Compliance deixou de ser discurso e passou a ser prática

Durante muitos anos, compliance foi visto como um “seguro contra problemas”. Um conjunto de documentos, códigos de ética e políticas que existiam mais para mostrar boa intenção do que para orientar decisões reais. Em 2025, essa abordagem simplesmente não se sustentou.

Casos de vazamento de dados, uso indevido de informações sensíveis, fraudes internas, decisões automatizadas sem critério e falhas de governança mostraram que compliance que não vive na operação não protege ninguém. Empresas perceberam, muitas vezes da forma mais difícil, que ter políticas sem processos claros é o mesmo que não ter nada.

A ISO 37301 ganhou força justamente por trazer uma visão mais madura: compliance como sistema de gestão. Ou seja, com definição de responsabilidades, avaliação de riscos, monitoramento contínuo, canais de denúncia, tratamento de não conformidades e melhoria constante. Compliance passou a ser comportamento organizacional, não apenas papel assinado.

 

Segurança da informação virou assunto de diretoria

Outro grande marco de 2025 foi a mudança de percepção sobre segurança da informação. O que antes ficava restrito à área de TI passou a ser discutido em reuniões estratégicas, conselhos e comitês executivos.

O motivo é claro: dados se tornaram o ativo mais valioso das organizações. Ataques cibernéticos mais sofisticados, muitos deles apoiados por Inteligência Artificial, tornaram evidentes as fragilidades de empresas que ainda dependiam apenas de soluções técnicas isoladas.

A ISO 27001 cresceu fortemente porque oferece algo essencial: uma abordagem estruturada para identificar, avaliar e tratar riscos de segurança da informação. Mais do que tecnologia, a norma trabalha processos, pessoas e decisões. Ela obriga a empresa a entender onde estão seus riscos, quais controles fazem sentido e como manter isso funcionando ao longo do tempo.

Junto a ela, a ISO 27701 ganhou ainda mais relevância ao integrar privacidade e LGPD à gestão da segurança. Em 2025, ficou claro que não existe proteção de dados pessoais sem um sistema sólido de segurança da informação.

 

A Inteligência Artificial deixou de ser experimental

Se houve um tema que dominou o ano, foi a Inteligência Artificial. Em 2025, a IA saiu definitivamente do campo da inovação experimental e passou a ser usada em decisões reais: análise de crédito, monitoramento de riscos, segurança, atendimento ao cliente, produtividade e até processos de compliance.

O problema é que muitas empresas adotaram IA sem qualquer tipo de governança. Sem critérios claros, sem avaliação de impacto, sem controle de viés, sem definição de responsabilidades. O resultado foi previsível: riscos técnicos, éticos, legais e reputacionais começaram a surgir.

Foi nesse contexto que a ISO/IEC 42001 se destacou como um verdadeiro divisor de águas. Pela primeira vez, as organizações passaram a ter um Sistema de Gestão específico para Inteligência Artificial, focado em governança, ética, transparência, mitigação de riscos e monitoramento contínuo.

A mensagem de 2025 foi clara: IA sem governança é um risco silencioso. E em 2026, esse risco tende a ser cada vez menos tolerado.

 

A convergência inevitável: compliance, segurança e IA

Um dos maiores aprendizados de 2025 foi entender que compliance, segurança da informação e IA não funcionam de forma isolada. Eles se impactam diretamente. Uma decisão automatizada mal governada pode gerar um problema de compliance. Uma falha de segurança pode comprometer dados usados por sistemas de IA. Um processo sem ética pode gerar riscos jurídicos e reputacionais enormes.

Empresas mais maduras começaram a integrar essas frentes por meio de Sistemas de Gestão Integrados (IMS), conectando normas como ISO 27001, ISO 27701, ISO 37301, ISO 42001 e ISO 9001. Essa integração reduziu retrabalho, simplificou auditorias e trouxe uma visão mais estratégica da gestão de riscos.

O foco deixou de ser “atender normas” e passou a ser criar estruturas que sustentam decisões seguras e responsáveis.

 

O que muda no próximo ano?

Se 2025 foi o ano do alerta, 2026 tende a ser o ano da cobrança. Reguladores, clientes, parceiros e investidores estão cada vez mais atentos à forma como as empresas lidam com dados, tecnologia e ética.

A expectativa é de:

  • maior exigência por evidências práticas de compliance;

  • auditorias mais maduras e menos tolerantes a soluções superficiais;

  • avanço da governança de IA como requisito, não diferencial;

  • integração cada vez maior entre sistemas de gestão;

  • e empresas mais conscientes da importância do planejamento antecipado.

Quem entrar em 2026 sem estrutura vai sentir. Quem planejar agora terá vantagem.

 

Onde muitas empresas ainda erram

O erro mais comum continua sendo tratar compliance, segurança e IA como projetos pontuais. Implementam uma norma, depois outra, sem integração, sem visão de longo prazo e sem envolvimento real das pessoas.

O mercado já mostrou que maturidade não está em quantidade de certificações, mas na forma como elas se conectam à estratégia do negócio.

 

Como a Solarplex atua nesse cenário

A Solarplex atua exatamente nesse ponto de dor. Nosso trabalho não é apenas implantar normas, mas traduzir requisitos técnicos para a realidade da empresa, conectar sistemas de gestão e criar estruturas que realmente funcionam no dia a dia.

Ajudamos organizações a sair do improviso e construir governança sólida em compliance, segurança da informação e Inteligência Artificial, sempre com foco em simplicidade, clareza e eficiência.

 

Conclusão

Compliance, segurança e IA não são mais temas do futuro. São desafios do presente.
2025 deixou claro que empresas precisam de método, integração e responsabilidade para crescer de forma sustentável.

2026 será o ano em que isso deixará de ser escolha e passará a ser exigência.

Planejar agora é a diferença entre liderar ou correr atrás depois.

 

Veja também: 

 

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