16/12/2025 | Redator
A Inteligência Artificial deixou de ser tendência para se tornar realidade operacional. Em 2026, ela já estará presente em decisões estratégicas, análises de risco, segurança da informação, atendimento ao cliente, marketing, compliance e processos críticos de negócio. Mas junto com esse avanço veio um alerta claro: IA sem governança é risco.
À medida que governos, reguladores, investidores e o próprio mercado se tornam mais atentos ao uso de tecnologia, cresce a cobrança por compliance digital, ética, transparência e controle. Não basta mais usar IA, é preciso provar que ela é usada de forma responsável, segura e alinhada às normas.
Neste cenário, governança de IA e compliance digital se consolidam como temas centrais para empresas que querem crescer de forma sustentável e evitar riscos legais, reputacionais e operacionais.
O que mudou no cenário regulatório e por que isso importa
Nos últimos anos, a tecnologia evoluiu mais rápido do que as regras. Em 2025, esse descompasso começou a ser corrigido. Regulamentações internacionais, diretrizes setoriais e normas técnicas passaram a exigir mais responsabilidade no uso de dados e algoritmos.
A preocupação não é apenas com falhas técnicas, mas com impactos reais: decisões automatizadas injustas, vieses algorítmicos, uso indevido de dados pessoais, falta de transparência e ausência de responsabilização.
Empresas que não conseguem explicar como a IA funciona, quem a controla e quais riscos estão sendo mitigados começam a perder confiança do mercado. E confiança, hoje, é um ativo tão importante quanto tecnologia.
Governança de IA: muito além da tecnologia
Quando se fala em governança de IA, muitas empresas ainda pensam apenas em modelos, códigos e infraestrutura. Mas governança não é sobre tecnologia, é sobre decisão, responsabilidade e controle.
Governar IA significa definir:
- onde a IA pode (ou não) ser usada;
- quem é responsável por suas decisões;
- como riscos são avaliados e tratados;
- como vieses são identificados;
- como resultados são monitorados;
- como incidentes são gerenciados.
É aqui que entra a ISO/IEC 42001, a primeira norma internacional focada em Sistemas de Gestão de Inteligência Artificial. Ela oferece uma estrutura clara para que empresas consigam usar IA de forma responsável, segura e auditável.
Compliance digital: a evolução natural do compliance tradicional
Assim como a IA mudou a forma de operar, o compliance também precisou evoluir. O compliance digital surge exatamente para lidar com riscos que não existiam (ou não eram tão relevantes) no passado: dados, algoritmos, automação, plataformas digitais e inteligência artificial.
Em 2025, ficou evidente que políticas genéricas não são suficientes. Compliance digital exige:
- mapeamento de riscos tecnológicos;
- controles claros sobre uso de dados;
- alinhamento com LGPD e privacidade;
- integração com segurança da informação;
- monitoramento contínuo;
- cultura organizacional forte.
Normas como a ISO 37301 (Compliance), quando integradas à ISO 27001 (Segurança da Informação) e à ISO 27701 (Privacidade), criam uma base sólida para lidar com os desafios digitais atuais.
Por que governança de IA e compliance digital precisam caminhar juntos
Um dos maiores erros que as empresas ainda cometem é tratar governança de IA e compliance como temas separados. Na prática, eles são inseparáveis.
Uma decisão automatizada sem critérios claros pode gerar:
- descumprimento da LGPD;
- discriminação algorítmica;
- riscos jurídicos;
- danos à reputação;
- quebra de contratos.
Por isso, empresas mais maduras estão adotando Sistemas de Gestão Integrados (IMS), conectando:
- ISO 42001 (IA);
- ISO 37301 (Compliance);
- ISO 27001 (Segurança da Informação);
- ISO 27701 (Privacidade);
- ISO 9001 (Qualidade, como base).
Essa integração permite uma visão única de riscos, controles e responsabilidades, reduzindo retrabalho e aumentando a eficiência da governança.
O papel da LGPD nesse cenário
A LGPD continua sendo um dos principais pilares do compliance digital no Brasil. Em 2025, a fiscalização se tornou mais técnica e menos tolerante a soluções superficiais.
O uso de IA intensificou os desafios da LGPD, principalmente quando falamos de:
- tratamento automatizado de dados;
- decisões sem intervenção humana;
- uso de dados sensíveis;
- compartilhamento de informações;
- transparência para titulares.
Empresas que não conseguem demonstrar base legal, finalidade clara, segurança e governança passam a correr riscos significativos. Aqui, a integração entre privacidade, segurança e governança de IA deixa de ser diferencial e se torna necessidade.
O que as empresas mais maduras estão fazendo hoje
As organizações que saíram na frente em 2025 adotaram algumas práticas em comum:
Mapearam onde a IA é usada
Nem toda IA está nos sistemas mais óbvios. Muitas vezes ela está embutida em plataformas, softwares e ferramentas de terceiros.
Criaram políticas específicas para IA
Com diretrizes claras sobre uso, limites e responsabilidades.
Implementaram avaliação de riscos de IA
Analisando impacto técnico, ético, legal e reputacional.
Integraram governança de IA ao compliance existente
Nada de estruturas paralelas ou desconectadas.
Prepararam as equipes
Governança não funciona sem pessoas capacitadas.
Pensaram em auditoria desde o início
Empresas maduras constroem sistemas já pensando em evidências.
O que esperar das exigências regulatórias nos próximos anos
Tudo indica que o cenário ficará mais rigoroso. Tendências claras apontam para:
- mais exigência de transparência algorítmica;
- maior responsabilização das empresas;
- auditorias focadas em prática, não apenas documentação;
- pressão por governança de IA em setores críticos;
- integração entre compliance, segurança e tecnologia.
Em resumo: quem não estruturar agora vai correr atrás depois, com mais custo e mais risco.
Como a Solarplex apoia empresas nesse processo
A Solarplex atua exatamente nesse ponto crítico: transformar exigências regulatórias e normas técnicas em processos práticos, claros e eficientes.
Ajudamos empresas a:
- estruturar governança de IA com base na ISO 42001;
- integrar compliance digital, segurança da informação e privacidade;
- implementar sistemas de gestão auditáveis;
- reduzir riscos legais e reputacionais;
- preparar equipes e lideranças;
- simplificar documentação sem perder robustez.
Nosso foco não é criar burocracia, mas construir governança que funcione no dia a dia.
Conclusão
Governança de IA e compliance digital não são mais temas do futuro. Eles definem, hoje, quais empresas serão confiáveis amanhã.
A tecnologia continuará evoluindo. A pergunta é: sua empresa está preparada para evoluir junto, com responsabilidade, segurança e conformidade?
Investir agora em governança de IA é investir em:
- credibilidade;
- segurança;
- sustentabilidade;
- vantagem competitiva.
E quanto antes esse caminho começa, mais simples e estratégico ele se torna.