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ISO 42001: por que a governança de IA será decisiva para empresas em 2026

16/12/2025 | Redator

A Inteligência Artificial deixou de ser um experimento restrito a laboratórios de inovação e passou a ocupar um espaço central nas decisões de negócio. Em 2025, empresas de todos os portes começaram a usar IA para automatizar processos, analisar grandes volumes de dados, apoiar decisões estratégicas e escalar operações. Esse avanço, porém, trouxe um desafio que já não pode mais ser ignorado: como governar a IA de forma responsável, segura e alinhada às exigências regulatórias.

É nesse contexto que a ISO/IEC 42001 se torna uma das normas mais estratégicas da atualidade. Ela surge como resposta direta ao crescimento acelerado da IA e à necessidade de transformar inovação em algo sustentável, auditável e confiável. Se 2025 foi o ano da adoção, 2026 será o ano da maturidade em governança de IA.

 

A nova realidade: IA sem governança virou risco

Durante muito tempo, o foco das empresas esteve apenas na eficiência que a IA poderia gerar. Redução de custos, aumento de produtividade e ganho de escala eram os principais argumentos. No entanto, à medida que a IA passou a interferir diretamente em decisões que afetam pessoas, dados sensíveis e estratégias corporativas, os riscos se tornaram evidentes.

Em 2025, o mercado assistiu a um aumento significativo de:

  • decisões automatizadas sem transparência;

  • uso indevido de dados pessoais;

  • falhas de segurança envolvendo modelos de IA;

  • vieses algorítmicos com impacto reputacional;

  • questionamentos legais sobre responsabilidade.

Esses episódios deixaram claro que inovação sem governança não se sustenta. A IA passou a exigir o mesmo nível de controle que já se espera de áreas como compliance, segurança da informação e privacidade.

 

O que é a ISO 42001 e por que ela é diferente

A ISO 42001 é a primeira norma internacional voltada exclusivamente para Sistemas de Gestão de Inteligência Artificial. Seu diferencial está no fato de não tratar a IA apenas como tecnologia, mas como um conjunto de processos, decisões e responsabilidades que precisam ser gerenciados.

Na prática, a norma orienta as organizações a estruturar:

  • políticas claras para uso de IA;

  • papéis e responsabilidades bem definidos;

  • avaliação contínua de riscos;

  • controle sobre dados e modelos;

  • monitoramento de impactos;

  • melhoria contínua dos sistemas de IA.

Ou seja, a ISO 42001 ajuda a empresa a responder perguntas essenciais: quem decide, quem controla, quem responde e como os riscos são mitigados.

 

Governança de IA não é burocracia, é estratégia

Um dos maiores mitos em torno da governança de IA é a ideia de que ela trava a inovação. A realidade mostra exatamente o contrário. Empresas que estruturam governança conseguem inovar com mais segurança, previsibilidade e confiança.

A governança cria limites claros, evita decisões impulsivas e reduz retrabalho. Em vez de bloquear a inovação, ela oferece um caminho sustentável para escalar soluções de IA sem comprometer a reputação, a conformidade legal ou a segurança da informação.

A ISO 42001 não impede o uso da IA. Ela organiza, orienta e amadurece esse uso.

 

O que a ISO 42001 exige na prática

A implementação da ISO 42001 passa por vários pilares fundamentais. O primeiro deles é a liderança e comprometimento da alta direção. A governança de IA não pode ficar restrita ao time técnico. Ela precisa ser uma decisão estratégica, patrocinada pela liderança da organização.

Outro ponto central é a gestão de riscos em IA. Cada sistema precisa ser avaliado considerando riscos técnicos, éticos, legais, sociais e de segurança. Não basta saber o que a IA faz; é preciso entender o impacto que ela pode gerar.

A norma também exige controle rigoroso sobre dados, algo essencial para atender à LGPD e às normas de privacidade. Isso inclui a origem dos dados, sua qualidade, forma de uso, armazenamento e proteção.

Além disso, a ISO 42001 enfatiza a importância da transparência e aplicabilidade. As decisões automatizadas precisam ser compreensíveis, especialmente quando afetam pessoas, contratos ou direitos.

Por fim, a norma estabelece o monitoramento contínuo e a melhoria constante. A IA aprende, muda e evolui, e a governança precisa acompanhar esse movimento.

 

A conexão direta entre ISO 42001, compliance e segurança

A governança de IA não existe de forma isolada. Ela se conecta diretamente a outros sistemas de gestão já consolidados no mercado. Normas como a ISO 27001 (Segurança da Informação), ISO 27701 (Privacidade e LGPD) e ISO 37301 (Compliance) formam a base para uma implementação sólida da ISO 42001.

Empresas que já possuem essas certificações conseguem integrar a governança de IA de forma mais fluida, criando um Sistema de Gestão Integrado (IMS). Isso reduz o esforço, evita duplicidade de controles e aumenta a maturidade organizacional.

A ISO/IEC 42001 será o selo global de IA e poderá redefinir a inovação no Brasil. Veja a matéria completa! 

 

Por que a ISO 42001 será decisiva em 2026

Tudo indica que 2026 será um ano de maior cobrança por parte de clientes, parceiros, investidores e órgãos reguladores. O uso de IA deixará de ser apenas um diferencial e passará a ser um ponto de atenção contratual e regulatório.

Empresas que não conseguirem demonstrar controle e governança poderão enfrentar:

  • perda de contratos;

  • questionamentos legais;

  • aumento de riscos reputacionais;

  • dificuldade de escalar soluções digitais;

  • desconfiança do mercado.

Por outro lado, organizações que se anteciparem e estruturarem a ISO 42001 terão vantagem competitiva, segurança jurídica e mais liberdade para inovar.

 

ISO 42001 e ESG: uma relação cada vez mais forte

A governança de IA também se conecta diretamente ao ESG, especialmente ao pilar de governança. Uso responsável, ético e transparente da IA impacta a confiança do mercado, a responsabilidade social e a sustentabilidade do negócio.

Empresas que adotam a ISO 42001 demonstram maturidade não apenas tecnológica, mas também institucional.

 

O papel da Solarplex na governança de IA

Implementar a ISO 42001 exige uma visão integrada de tecnologia, processos, compliance e cultura organizacional. É nesse ponto que a atuação de uma consultoria especializada faz toda a diferença.

A Solarplex apoia empresas em todas as etapas da governança de IA: diagnóstico, estruturação de políticas, integração com outras normas ISO, capacitação de equipes e preparação para auditorias. Tudo com foco em simplicidade, clareza e aderência à realidade do negócio.

 

Conclusão

A pergunta que fica não é mais se a sua empresa vai usar IA. Isso já é realidade. A verdadeira questão é como ela vai governar essa tecnologia.

A ISO 42001 surge como o caminho mais seguro para transformar a inovação em vantagem competitiva sustentável. Quem se preparar agora entra em 2026 com confiança, controle e credibilidade. Quem deixar para depois corre o risco de crescer rápido demais, sem estrutura para sustentar esse crescimento.

Governar a IA não é opcional. É estratégico.

 

Veja também: 

Compliance, segurança e IA: O que mudou em 2025 e o que esperar do próximo ano.

As normas ISO que mais cresceram em 2025 e por que elas vão continuar estratégicas em 2026.

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